Ponto de vista (?)

A transparência dos atos, afloram vontades dentro de mim que nunca haviam desabrochado com tanta rapidez. A vontade de libertação de espírito, grita dentro do peito com um impulso que não vejo, mas que apenas sinto. Durante o tempo em que enclausurada fico na solidão e no silêncio, ponho-me à pensar, que estes seriam as mais sérias formas de se brincar descobrindo o que não teria importância se fosse revelador, inconsequente, irresponsável, ou se fosse apenas uma forma de brincar de pensar, como forma de libertação. Sem limites, sem barreiras, e sem ninguém pra dar opinião. Eu pensaria o que quisesse, o que viesse, e o que eu nunca imaginasse. Pois ali, naquela hora, aquele tempo que tinha era sagrado para tudo o que quisesse pensar. Não iria escrever, não iria memorizar, eu iria apenas dar asas à tudo que algumas vezes, por alguns motivos não pude dar, não pude falar, e tive que me conter. Depois de um turbilhão de emoções, pensamentos, e coisas vistas apenas em meu mundo pela primeira vez, eu acho que tinha ido longe demais. E aquele impulso, senti outra vez, mas foi porque eu nunca tinha usado minha mente pra viajar tanto dessa forma, sendo que de todas as outras vezes que me lembro estar no mundo da lua, eu nunca estava completamente lúcida.
Deixei que uma coisa levasse a outra, e me levasse junto. Foi bom não ter escrito nada, o livro ficaria enorme, e talvez um dia me julgassem por louca.
Apesar de que a loucura só é loucura, quando nosso ponto de vista sobre ela, já se torna tão lúcido quanto nosso estado físico e mental. E veja só quanto o nosso mundo está louco! Depende do que sucede.
Mas acha mesmo que a loucura passará apenas de uma questão de ponto de vista ? (...)