ah, finalmente
e eu me curvo
diante da sobrevivência
não há mais o que perder
a não ser o próprio dedo
que puxa o gatilho.
Mas por deus do céu!
não há de ter coragem para viver
quem dirá para matar!
Eis o meu alívio,
estive cansada esses anos todos
e por mais alguns meses
sobrevivo.
Já não tenho mais nada
nem o amor dos outros
e nem o próprio.
Finalmente estou só.
Louise Martins
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