Eu, que me encontro aqui jogada, em pedaços
Não via o quão tamanha era a dor
E boiando em minha taça de vinho
Eu vi, senti, desisti de saber o que era o teu amor
Sofri e sofro; tanto, que meus devaneios não passam de um súbito pavor
Meu medo, tão grande, em segundos se afastou,
por você que tanto amei, em segundos o amor cessou.
Tentei por um instante desistir desse imenso amor
Que jogado aos prantos, sucumbido de tristeza
me viu chorar perante a da dor.
Pois me pede um copo d'água pra esfriar esse tal "amor"
que corre, foge de mim, como se eu descobrisse o quanto foi em vão
desde que senti a imensa dor.
E no fim, espero esquecer, o que pra mim foi como amor
Que no entanto esqueci, pois insisti demais
sem demais nem menos experimentar o teu sabor
Eu, tão triste, de lágrimas estou à teu favor
pois provei, tão mal provado como gosto sem sabor, sem tempero, sem ardor.
Lhe dou as costas amor insignificante, que agora se torna vazio
após não ser quem amei, pois nunca fui quem você amou.
Desprendo-me de ti, e logo penso em enxugar a dor.
Louise Martins.
(Escrevi completamente bêbada. Relevem.)
3 comentários:
suas palavras atravessam e invadem minha cabeça como se fossem meus sentimentos que nunca consigo expressar.
Pois é meu caro, difícil, mas ACHO que consegui colocar algumas coisas pra fora. E bêbada, parecem multiplicar.
Guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo.
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