"A diferença entre a vida e a arte é que a arte é mais suportável." Bukowski

sábado, 10 de julho de 2010

Vinicius e duas taças de vinho sem amor.






Eu, que me encontro aqui jogada, em pedaços

Não via o quão tamanha era a dor

E boiando em minha taça de vinho

Eu vi, senti, desisti de saber o que era o teu amor

Sofri e sofro; tanto, que meus devaneios não passam de um súbito pavor

Meu medo, tão grande, em segundos se afastou,

por você que tanto amei, em segundos o amor cessou.

Tentei por um instante desistir desse imenso amor

Que jogado aos prantos, sucumbido de tristeza

me viu chorar perante a da dor.

Pois me pede um copo d'água pra esfriar esse tal "amor"

que corre, foge de mim, como se eu descobrisse o quanto foi em vão

desde que senti a imensa dor.

E no fim, espero esquecer, o que pra mim foi como amor

Que no entanto esqueci, pois insisti demais

sem demais nem menos experimentar o teu sabor

Eu, tão triste, de lágrimas estou à teu favor

pois provei, tão mal provado como gosto sem sabor, sem tempero, sem ardor.

Lhe dou as costas amor insignificante, que agora se torna vazio

após não ser quem amei, pois nunca fui quem você amou.

Desprendo-me de ti, e logo penso em enxugar a dor.




Louise Martins.

(Escrevi completamente bêbada. Relevem.)

3 comentários:

Vittu disse...

suas palavras atravessam e invadem minha cabeça como se fossem meus sentimentos que nunca consigo expressar.

Cigarros e Afagos disse...

Pois é meu caro, difícil, mas ACHO que consegui colocar algumas coisas pra fora. E bêbada, parecem multiplicar.

Priscila. disse...

Guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo.

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