"A diferença entre a vida e a arte é que a arte é mais suportável." Bukowski

segunda-feira, 18 de maio de 2009

E basta.




Parecem até não sentir, muito menos demonstrar
Sentem o canteiro de lágrimas
que diante de tanta peleja e angústia
terminam de desabrochar.
Sempre atentos e curiosos, esquecem da sinceridade
que só outro par
poderia se intimidar,
vendo por eles mesmos de mãos dadas com o coração
aliviam o peito prestes à desabar.
Ridículo se torna só de pensar,
se abrem diante um do outro esperando uma sincera chance
de algo começar.
A melancolia sempre ao lado, se torna inevitável só de imaginar.
Num desabafo, a voz se escondia por entre as cordas vocais,
deixando apenas a sensação de um desconforto precedente de olhos avermelhados, rodeados de lágrimas,
boca seca e sem saber porque terminar.
Então, esquecido por abafar o choro,
pela dor e o desconforto de não querer falar,
dizem que está tudo bem e não tem porque chorar.


Louise Martins.

2 comentários:

Anônimo disse...

A mudez me toma as palavras que poderiam pela boca ser ditas. O não saber, me coloca em uma atmosfera tão sedutora que me induz ir à busca ao desconhecido. Tudo aquilo que trás consigo um mistério é até pros menos curiosos uma instigação, e eu que outrora estava tão descrente me encontro envolvida a algo que nem sei o que é, quem é. Talvez seja essa mania de querer sempre o que exige mais esforço, assim a graça que me encanta demora mais a se esgotar conferindo sempre um caráter único a cada interpretação. Saber o quão distante é no espaço e no tempo, cria um ímpeto de vontade. Quero eu inconscientemente que não se acabe, mesmo que pra isso fracasse em ponto físico, o que me impulsiona não se findará.

Anônimo disse...

O amanhecer daquele dia trazia consigo esta dor.
O sol escondido por trás das nuvens,
O cheiro do café sendo passado,
O vento frio chegando de mansinho a esfriar nossos corações,
A canção ouvida de longe embalando o mover das arvores,
Todo parecia em seu lugar, quieto e morno.
Tudo esta bem quando não a nada para nos incomodar.
Diferentemente, algo estava fora de sintonia,
Onde se encontrava os sonhos que fora sonhados?
Minha musica fora embora à procura de outro tom.
Ali estava minha voz, tão vazia de significados quanto minha alma.
Estava minha dor, curtindo seu próprio lamento.
Meu coração, tão errante que desorientava a falta de constância.
Ali estava eu, sobrevivendo aquele patético momento.
Estava de um lado minha lembrança do que seria um amor, e do outro, esquecimento.
Os ventos de outono vieram tocar em minha face,
E tudo o que era efêmero se desfez, ficou só o silêncio.
O que permitiu que eu voltasse a mim,
Entendendo que a dor é um dos melhores males,
Mas que é necessário que não nos esqueçamos de sorrir pra a infelicidade...

Musique pour quelque chose


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