"A diferença entre a vida e a arte é que a arte é mais suportável." Bukowski

sábado, 21 de março de 2009

Frescor da saudade.


Com o estado emocional abalado, ela conseguia sentir o cheiro da paixão inabalável que jurava nunca lhe abandonar. Às vezes insegura. Mas viajando pelo vento e pela chuva se sentia calma e consolada. O limite que antes não lhe colocava muito medo, deixava de ser surreal e ocupava um enorme espaço com uma ótima "desculpinha" agora sendo real, concreto e destruidor. Tomou raiva. Sentiu tristeza, e foi tão invadida por ela que a tal transbordava por entre lágrimas e sorrisos falsos que tentavam justificar o que a garota não gostaria de aceitar. Mas que um dia aceitaria de braços cruzados, testa franzida e jeito bem hostil.
Não gostava muito do tempo quando se tratava de tristeza, pois era frio, teimoso e parecia correr distante de outros relógios. Achava estranho o jeito de se amar, pois nunca achara explicação para o amor. Mas aceitou-o sem vê-lo, cheirá-lo, tocá-lo e sentí-lo intimamente, sabendo que era o que mais se gostava de fazer.
Compreensivo, um dia a tocou em todos os sentidos sem precisar da sensação de todos eles. Mostrando um choro seco de tristeza, calado de compreensão, com gosto de saudade e um fresco cheiro de paixão.

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